Os centros de saúde do Norte estão a vacinar utentes não prioritários contra a gripe porque há um excedente de doses.
O Sindicato Independente dos Médicos critica a gestão da ARS Norte quando ainda há grupos de risco por vacinar noutras zonas do país. O sindicato sublinha que muitos idosos, doentes diabéticos e utentes com doença pulmonar crónica obstrutiva ficaram por vacinar.
A primeira fase da vacinação contra a gripe arrancou nos centros de saúde a 28 de setembro para alguns grupos prioritários, nomeadamente grávidas e profissionais de saúde.
Em plena pandemia de covid-19, o objetivo foi vacinar mais cedo e em maior escala. Mas em novembro, já com a segunda fase a decorrer, aumentavam as queixas de atrasos.
Na região norte, mais de 112 mil doses terão sido entregues mais tarde do que o previsto.
Depois do jornal local "O Minho" noticiar que agora há um excedente de vacinas nos centros de saúde do Norte, o Sindicato Independente dos Médicos confirma que estão a ser vacinados utentes que não fazem parte dos grupos de risco. Jorge Roque da Cunha critica a desorganização e sublinha que em qualquer cenário tem de prevalecer a prioridade.
A ARS Norte e a DGS sublinham que não houve atrasos na entrega de vacinas. E adiantam que, à semelhança de outros anos, foram seguidas as orientações de vacinar outros utentes não incluídos na vacinação gratuita, nesta reta final do plano, como é o caso de utentes entre os 60 e os 64 anos.
A ARS Norte recebeu mais de 720 mil doses da vacina da gripe. Já foram administradas 682 543 mil doses, o que corresponde a 95% das doses recebidas. A ARS Norte tem por isso atualmente 37 612 vacinas da gripe em stock. No comumicado é apenas referido, sem mais detalhes, que existem mecanismos para redistribuir as vacinas entre as diversas unidades de saúde.