As cores de uma "galáxia perdida" e um pedaço de Lua: as melhores imagens da semana a partir do espaço
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Localizada na constelação de Virgem, a cerca de 50 milhões de anos-luz da Terra, a NGC 4535 foi apelidada pelo astrónomo amador Leland S. Copeland na década de 1950 de "Galáxia Perdida" pela sua aparência quase fantasmagórica ao ser observada por um telescópio menos potentes que o Hubble, autor desta imagem mais recente. As cores brilhantes não são apenas bonitas, fornecem também dados sobre as estrelas dentro desta galáxia espiral barrada. As cores azuis brilhantes, entre os longos braços espirais, indicam a presença de um número elevado de estrelas mais jovens e mais quentes. Em contraste, os tons mais amarelos sugerem que esta área central é o lar de estrelas que são mais velhas e frias.
ESA/Hubble & NASA
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Sardenha, a segunda maior ilha do Mar Mediterrâneo, captada pela missão Copernicus Sentinel-2. No site da ESA é possível aumentar o zoom para ver esta imagem em maior resolução e obter mais informações. O Copernicus Sentinel-2 foi projetado para fornecer imagens que podem ser usadas para distinguir entre diferentes tipos de culturas e dados sobre vários índices de plantas, essenciais para monitorizar com precisão as culturas.
Copernicus Sentinel data (2019), processed by ESA
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Duas imagens da mesma escada: uma tirada com uma máquina fotográfica e outra com tecnologia LiDar, o equivalente a radar mas com laser, que está em desenvolvimento para futuras missões espaciais. O Light Detection and Ranging usa a luz para estudar um objeto. Um feixe de laser pulsado é direcionado ao alvo e o resultado é registado por sensores, gerando uma imagem 3D.
CESM
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Pela primeira vez, um satélite de telecomunicações usou propulsor de iodo para mudar a órbita em volta da Terra. É uma pequena inovação, mas poderá ajudar a limpar os céus do lixo espacial - os satélites poderão autodestruir-se de forma barata e fácil no final das suas missões ao dirigirem-se para a atmosfera onde se incendiarão.
Dima Raf
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A experiência Matiss, a bordo da Estação Espacial Internacional, testa as propriedades antibacterianas de superfícies hidrofóbicas (ou repelentes de água) e está agora de volta à Terra para análise. As bactérias são um grande problema no espaço, pois tendem a acumular-se na atmosfera constantemente reciclada da Estação. Para os astronautas que vivem no habitat da humanidade no espaço, manter a Estação limpa é uma parte importante das tarefas diárias para evitar bactérias e fungos. Todos os sábados são dias de limpeza, quando toda a equipa limpa as superfícies, aspira e recolhe os resíduos.
ESA
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A pedido da nova administração Biden, a NASA emprestou a rocha lunar recolhida na última missão à Lua e está agora exposta na Sala Oval da Casa Branca. Em 1972, os astronautas da missão da Apollo 17 Ronald Evans, Harrison Schmitt e Eugene Cernan, os últimos humanos a pisar na Lua, retiraram esta amostra de uma grande pedra na base do Maciço Norte no Vale Taurus-Littrow, a 3 km do Módulo Lunar. Este pedaço de 332 gramas da Lua é uma amostra com 3,9 mil milhões de anos formada no último grande impacto que criou a Bacia de Impacto Imbrium, que tem 1.145 km de diâmetro.
A Agência Espacial Europeia (ESA) publica no final de cada semana as melhores imagens do cosmos ou da Terra captadas a partir do espaço. Esta semana acrescentamos uma curiosidade da NASA na Casa Branca.
As imagens podem ser vistas em alta resolução e as explicações detalhadas no site da Agência Espacial Europeia.
São imagens captadas pelos vários instrumentos que o Homem tem construído para observar o cosmos, presos à Terra ou a vaguear pelo espaço.
Telescópio Espacial Hubble
Algumas das imagens são captadas pelo Telescópio Espacial Hubble, já há 30 anos a navegar pelo espaço e a deslumbrar-nos com o que "vê".
A Estação Espacial Internacional (ISS) é o maior laboratório científico construído fora da Terra. Está em órbita há 22 anos a cerca de 400 km de altitude. O primeiro módulo foi lançado a 20 de novembro de 1998, mas a evolução é contínua. É a maior construção que o Homem fez fora da Terra numa parceria que junta nações "rivais".
Cinco décadas depois do primeiro passo na Lua, a 21 de julho de 1969, os Estados Unidos querem lá levar de novo astronautas, desta vez incluindo mulheres, como parte da missão até Marte.
A missão Artemis, irmã gémea de Apolo e deusa da caça e da Lua na mitologia greco-romana, está prevista para 2024.
Além da NASA, multiplicam-se outros projetos, públicos e privados, de missões à Lua e de robótica espacial.