O médico particular de Diego Maradona é suspeito de homicídio por negligência. O clínico nega qualquer responsabilidade na morte do craque argentino.
Leopoldo Luque fez questão de vir este domingo a público, para se defender das acusações e dizer que fez tudo o que podia pelo astro argentino.
O neurocirurgião é acusado de homicídio por negligência pela forma como orientou o antigo futebolista na recuperação em casa, depois de uma operação a um coágulo no cérebro
Diego Armando Maradona, de 60 anos, morreu na passada quarta-feira, vítima de uma paragem cardiorrespiratória.
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Médico apresenta-se voluntariamente às autoridades judiciais
O médico apresentou-se esta segunda-feira voluntariamente às autoridades judiciais para explicar as circunstâncias em que ocorreu a morte do ex-futebolista.
Luque, que esteve acompanhado pelo seu advogado, deu explicações aos responsáveis do Ministério Público que estão a investigar as circunstâncias da morte de Maradona, ocorrida na quarta-feira, depois da família ter admitido que queria esclarecer que tipo de tratamento o antigo futebolista recebeu desde a operação à cabeça até ao dia da morte.
Júlio Rivas, o advogado que acompanhou Luque, garantiu que o médico se colocou à disposição das autoridades.
"Houve uma informação do Ministério Público a garantir que não havia qualquer acusação formal, mas a verdade é que foram feitas buscas à casa e ao consultório de Luque", afirmou o advogado, garantindo que o neurocirurgião "era amigo de Maradona".
"Os que estavam ao lado de Maradona sabem bem o que se passou e qual foi a intervenção de Luque. Operou-o e correu bem", disse o advogado, acrescentando: "Não houve internamento domiciliário, a decisão foi de Maradona, estava lúcido e podia decidir o que preferia".
O advogado de Maradona, Matias Morla, publicou esta segunda-feira um tweet no qual defendeu o médico: "Entendo e compartilho o trabalho da justiça, mas sei que o doutor Luque, tudo o que fez pela saúde de Diego e como cuidou dele e o acompanhou como ele queria. Diego amava-o e, como seu amigo, não o vou deixar só".