Marcelo Rebelo de Sousa, na véspera de iniciar o segundo mandato, quer dar atenção máxima à chamada bazuca europeia. O Presidente da República fez mexidas na equipa que, em Belém, o vai ajudar a acompanhar de perto a aplicação dos fundos que vêm de Bruxelas.
O Presidente até pode não gostar da palavra escolhida pelo primeiro-ministro para designar o dinheiro que vem de Bruxelas, mas no segundo mandato promete não largar o Plano de Recuperação e Resiliência. Este está no topo das suas prioridades.
Os sinais estão à vista, desde logo nos múltiplos avisos feitos nos últimos meses. O Jornal Expresso escreve que a nova equipa do Chefe de Estado foi escolhida a pensar nos milhões que vêm da Europa e que vão obrigar a um acompanhamento próximo deste dossiê.
Uma das novidades é na nova equipa para a área política – chamada área estratégica e prospetiva – que vai ter como principal conselheiro Bernardo Pires de Lima, especialista em política internacional.
Nos novos reforços de Belém, Marcelo escolheu ainda várias personalidades, viradas para as áreas de integração e inclusão social. Os alertas vêm também da área da Justiça, onde há receios em relação à simplificação dos contratos públicos para a aplicação dos fundos.
Depois de o Presidente ter vetado as novas regras da contratação pública, PS e PSD já chegaram a acordo e vão propor que todos os contratos relacionados com os fundos europeus passem a estar obrigados a ir para o Tribunal de Contas.
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