Durante este sábado, mais 2.400 profissionais de saúde do hospital de São João no Porto receberam a segunda toma da vacina. Daqui a 10 dias, em média, 95% dos profissionais de saúde deste hospital deverão ficar imunes ao novo coronavírus.
Juntam-se às 24.657 pessoas, entre profissionais e utentes de lares e de cuidados continuados, que já fizeram as duas tomas em Portugal. Ao todo, foram administradas 212.172 doses, 99% da vacina da Pfizer, 1% da Moderna.
O plano de vacinação nacional vai sofrer uma alteração e passar a incluir na primeira fase não só bombeiros, forças de seguranças e Forças Armadas envolvidas na luta contra a pandemia, mas também titulares de altos cargos públicos.
A notícia surge quando são conhecidos novos atrasos e reduções nas entregas de vacinas acordadas com a União Europeia.
A AstraZeneca, cuja autorização da vacina pela Agência Europeia do Medicamento está prevista para a próxima sexta-feira, anunciou um corte nas remessas que em alguns países chega aos 80%. A empresa britanica justifica-se com uma quebra na produtividade, mas não adianta pormenores.
A comissaria europeia da Saúde insistiu num calendário preciso das entregas, que no total perfazem 400 milhões de unidades.
Já a Pfizer tinha anunciado uma redução em cerca de 20% nas encomendas. Autoridades como as de Itália, um dos países com melhores taxas de execução de vacinas, e da Polónia, ponderam interpor uma ação legal contra a farmacêutica norte-americana por quebra contratual. A entrega em causa está prevista para o mês de fevereiro.
Entretanto, a Hungria está em negociações com a Rússia e a China para aquisição de milhões de doses de vacinas, que estão em processo de autorização nacional, mas não, por enquanto, na União Europeia.